segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Não há como alfabetizar sem método?


Esta é uma pergunta que muitas de nós temos e Iole Maria Faviero Trindade nos responde que, como professora de práticas de ensino, que precisamos ter uma didática que acolha essa pluralidade de discursos, fazendo uso deles conforme necessidades de uma formação, ela reafirma que não há como alfabetizar e letrar (não importa a ordem!), na escola, sem o uso de múltiplos métodos que contemplem os processos de ensino e de aprendizagem, isto é, de aquisição (codificação e decodificação) e usos da língua escrita.Concordo plenamente com ela eu me sinto mais segura com o uso de método e também como Iole nos ensina que devemos usar também aquele método construído pela bricolagem de didáticas diversas, contando,então, com a trajetória dos "tradicionais" métodos de alfabetização, como uma produção histórica que permite que exploremos, por exemplo a relação imagem-letra inicial de palavras significativas ou entre as unidades linguísticas (grafemas-fonemas, sílabas-letras, palavras-sílabas, frase-palavras, texto-frases), além de todas as variações imagináveis, que os métodos em suas diferentes marchas e combinações nos ensinaram, a partir de uma produção que foi passando por alterações ao longo dos séculos.

domingo, 22 de novembro de 2009

RECOMEÇAR


Alunos da EJA


Conceitos relevantes para a prática pedagógica em EJA=>
“A variedade das práticas de alfabetismo possíveis e suas relações com outras peculiaridades culturais de subgrupos são constitutivas da pluralidade da cultura e, nessa medida, devem ser compreendidas e valorizadas” (p. 245).

Dificuldades dos alunos jovens e adultos em sala de aula e no cotidiano de suas vidas. O processo de alfabetização das turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) está ancorado em práticas indispensáveis de leitura e escrita que também são desenvolvidas com crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental. Isso não quer dizer que o professor vá trabalhar lançando mão dos mesmos materiais e estratégias com públicos tão distintos. Não faz sentido. Esse é, inclusive, um dos motivos que levam os mais velhos a fracassar e abandonar a escola.
Embora exista uma variedade considerável de bons materiais organizados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelas secretarias estaduais e municipais do país (disponível na internet), muitos educadores ainda recorrem aos livros usados pela criançada. Um dos motivos é a falta de formação específica. A maioria das faculdades de Pedagogia negligencia a EJA e não prepara os educadores para lidar com especificidades da modalidade. Estudo encomendado por NOVA ESCOLA à Fundação Carlos Chagas no ano passado aponta que lecionar para jovens e adultos é um fato abordado somente em 1,5% das disciplinas do currículo de Pedagogia.
Mas é fato: os alunos da EJA não são crianças grandes e não podem ser tratados como tal em sala de aula. “são pessoas com experiências de vida, já bastante recheadas de saberes. E, ainda que não formais, eles precisam ser levados em conta”, explica Vera Barreto, presidente do Vereda – Centro de Estudos em Educação. Além do mais, usar o material das crianças pode não despertar o interesse desses alunos.”Sabendo disso, é preciso escolher textos e músicas, por exemplo, que tenham a ver com o mundo desses estudantes e despertem a curiosidade deles, descartando o que é destinado aos pequenos”, diz Francisco Mazzeu, pedagogo e professor do Departamento de Didática da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), campus de Araraquara.
O histórico de fracasso escolar também precisa ser levado em consideração – para alguns estudantes, a possibilidade de errar ao ler e escrever amedronta, quando deveria, na verdade, ser encarada como uma etapa natural da aprendizagem.




Características do aluno jovem e adulto: identidade, linguagem e pensamento. Refletir sobre como esses jovens e adultos pensam e aprendem envolve, portanto, transitar pelo menos por três campos que contribuem para a definição de seu lugar social: a condição de “não-crianças”, a condição de excluídos da escola e a condição de membros de determinados grupos culturais.
A modalidade de pensamento à qual se opõe o pensamento denominado pouco letrado é, em grande medida, uma construção derivada do senso comum. (Oliveira, 1995, p. 157)Um segundo ponto a ser mencionado no que diz respeito à especificidade dos jovens e adultos como sujeitos de aprendizagem relacionada com o processo de exclusão da escola regular é o fato de que a escola funciona com base em regras específica se com uma linguagem particular que deve ser conhecida por aqueles que nela estão envolvidos.Conforme discutido em trabalho anterior a respeito de alunos de um curso de pós-alfabetização para adultos,o desenvolvimento das atividades escolares está baseados em símbolos e regras que não são parte do conhecimento de senso comum.
Em nível mais sutil, entretanto, dominar a mecânica da escola e manipular sua linguagem são capacidades aprendidas no interior da escola e, ao mesmo tempo, cruciais para o desempenho do indivíduo nas várias tarefas escolares. Muitas vezes a linguagem escolar mostrou ser maior obstáculo à aprendizagem do que o próprio conteúdo.
Assim, se esses adultos não pensam de forma apropriada ou não são capazes de aprender adequadamente, isso se deve a sua pertinência a um grupo cultural específico. Subjacente a essa abordagem está uma postulação bastante determinista, que correlaciona, de forma estática, traços do psiquismo com fatores culturais que os determinariam.


Fonte: Revista Nova Escola,(novembro)
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Set./Out./Nove./Dez. 1999, n. 12, p. 59-73.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Passaporte


Para (BETOLILA; SOARES, 2007) a criança deve entrar no mundo da escrita usando dois “passaportes”: precisa apropriar-se da tecnologia da escrita, pela alfabetização, e precisa identificar os diferentes usos e funções da escrita vivenciando diferentes práticas de leitura e de escrita, pelo processo de letramento. Se lhe é oferecido um dos “passaportes” - se apenas se alfabetiza sem conviver com práticas reais de leitura e de escrita – formará um conceito distorcido e parcial do mundo da escrita; se usa apenas o outro “passaporte” – se apenas, ou sobretudo, é levada ao letramento, sem a apropriação adequada da tecnologia da escrita – saberá para que serve a língua escrita, mas não saberá se servir dela. Assim, para a inserção plena da criança no mundo da escrita, é fundamental que alfabetização e letramento sejam processos simultâneos e indissociáveis.Sendo assim, precisamos preparar nossos planos de aula com vista neste aspecto "fazer com que o aluno conheça os diversos tipos de textos, ricos e variados e depois que o aluno tiver dominado o princípio alfabético com uma progressiva autonomia na identificação de palavras, os dois objetivos poderão então se juntar e se apoiar sobre os mesmos textos e suportes". A professora a partir daí fará de seu aluno, como está evidenciado na revista Nova Escola "Por fim , vale destacar que quando os gêneros são ensinados como instrumento para a compreensão da língua, não importa quantos ou quais você trabalha, desde que o objetivo seja usá-los como um jeito de formar alunos que aprendam a ler e escrever de verdade".

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A Importância do uso de Temas Geradores na Prática Pedagógica


Ao estudar os ensinamentos de Paulo Freire, que o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno sobre sua situação de oprimido para agir em favor da própria libertação, me lembrei de um aluno que disse: - Pra que estudar se eu vou ser jogador de futebol ? Minha resposta veio na hora, para ninguém te enrolar, tu precisarás saber fazer cálculos, saber conversar com a namorada e com as outras pessoas.
Então, é essa a proposta de Paulo Freire "habilitar o aluno a "ler o mundo", na expressão famosa do educador, "Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la), dizia.
Segundo Freire, o professor terá que ser afetivo e democrático, para conseguir cativar e despertar o senso crítico de seus alunos, trazer coisas da vida, da realidade, se aprofundar na busca de conhecimentos e não se contentar só com a Eva viu a uva...
Para que isto aconteça, será necessário que o professor tenha a sensibilidade de ao planejar suas aulas, lembre, de fazer questionamentos, o que vocês gostariam de aprender? Surgirão muitas respostas, a professora poderá a partir daí, escolher um tema que venha de encontro com a realidade das crianças e desenvolver junto com a turma um projeto de aprendizagem.
Ao final do projeto a turma fará descobertas enriquecedoras e que contemplem conhecimento, prazer e vontade de querer mais e aliado a isto alunos com mente crítica e evitando assim um aluno com "a mente coisificada".
“Esse tipo, entretanto – se não me iludo com as minhas observações e se determinadas pesquisas sociológicas permitirem generalizações –, está muito mais disseminado do que se poderia acreditar. Aquilo que exemplificava apenas alguns monstros nazistas poderá ser observado hoje em grande número de pessoas, como delinqüentes juvenis, chefes de quadrilha e similares, que povoam o noticiário dos jornais, diariamente. Se eu precisasse converter esse caráter manipulativo numa fórmula – talvez não devesse fazê-lo, mas pode contribuir para um melhor entendimento –, eu o chamaria "tipo com consciente coisificado".(* Reproduzido de ADORNO, T. W. Erziehung nach Auschwitz, In: –.
Stichworte; kritische Modelle 2. Frankfurt, Suhrkamp, 1974. Trad. por Aldo Onesti.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Reflexões sobre a proposta de trabalho de Jean Itard com o menino Victor



Fiquei sabendo da história do menino Victor através da interdisciplinar Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais e agora através da interdisciplina Língua Brasileira de Sinais, confesso que me emocionei demais, porque justamente uma pessoa desprovida de um dos 5 sentidos sofreu tanto.
Neste link está postado a história de Victor em meu Dossiê sobre alunos com necessidades especiais
http://selvagem.pbworks.com/
Victor sofreu tanto... fico pensando no lado emocional dele, o quanto ficou abalado por tamanha crueldade, vinda de pessoas como seus pais, que deveriam lhe dar segurança, segurar suas mãozinhas e dizer: Filho estamos aqui, pode confiar! Ao invés disso o que recebeu? Facadas, pela ignorância da espécie humana que costuma ser discriminatória e desumana.
Preferível mesmo que ele tivesse ficado na floresta a ser maltratado por quem quer que seja. Jean Itard foi o anjo da guarda de Victor por algum tempo com o seu trabalho
“Adepto das idéias filosóficas de Condillac, Itard acreditava na educação como
principal vetor de desenvolvimento da humanidade. Partindo do princípio de que tudo
que o homem sabe ele o aprende, Itard acreditou que a educação poderia integrar Victor
no convívio social. A convicção filosófica de Itard permitiu que ele embarcasse nesse
empreendimento educativo com Victor, afrontando a teoria das idéias inatas e
contrariando importantes intelectuais de sua época, tais como Sicard e Pinel, que ao
avaliarem Victor após sua chegada em Paris, desacreditaram-no em sua educabilidade,
pressupondo uma “idiotia congênita”.
“O homem torna-se humano nas e pelas relações com outros homens: o início da
educação de Victor”
Com base principalmente nas idéias de Condillac, filósofo sensualista, Itard
estabeleceu cinco metas para seu programa pedagógico, todas elas envolvendo a sensação
e a percepção como vias para trabalhar os aspectos cognitivos e afetivos de Victor. Para
elaborar seu plano de trabalho, Itard foi incansável em suas observações até determinar
quais passos seguiria com Victor. Segundo Lane (1986), ele determinou os componentes
mais importantes das dificuldades de Victor – sensorial, motivacional, verbal – e os
classificou em áreas que iria tratar com uma determinada ordem, começando pela
atividade sensorial e seguindo até a linguagem e o pensamento abstrato.
primeira meta
, “interessá-lo pela vida social, tornando-a mais amena do que aquela que ele então levava, e sobretudo mais análoga à vida que acabava de deixar”.

segunda meta: “despertar a sensibilidade nervosa com os mais enérgicos estimulantes e algumas vezes com as vivas afeições da alma
Itard diria ainda que “um grande vício da educação é crer que ela deva ser a mesma para todos os indivíduos. Ela deveria ser tão variável como é o espírito humano nas suas modificações e à época de seu desenvolvimento” (ITARD, 1802, p. 466).
A terceira meta que Itard propôs-se a atingir na educação com Victor foi “ampliar a esfera de suas idéias dando-lhes necessidades novas e multiplicando suas relações com os seres que o circundam.”
Outra contestação que Itard se via compelido a responder era: se Victor não é surdo, por que não fala? Elaborou assim a quarta meta: “levá-lo ao uso da fala, determinado o exercício da imitação pela lei imperiosa da necessidade.”
quinta e última meta:
"exercitar durante algum tempo, a partir dos objetos de suas necessidades físicas, as mais
simples operações da mente e determinar em seguida sua aplicação aos objetos de instrução”.

Neste processo de Jean Itard houve rupturas, avanços e esquecimentos. Foi um trabalho árduo cheio de observações levantamento de hipóteses, experiências, de prazer, alegria e decepções tanto para o aluno quanto para o médico cientista.
Nesta caminhada Itard nos ensina que ao professor caberia a difícil tarefa de organizar os ambientes de aprendizagem, de proporcionar atividades favorecedoras de desenvolvimento, não só cognitivo, mas afetivo e comportamental, idéia que pode ser considerada bastante contemporânea.

COMPARAÇÃO DA HISTÓRIA DE VICTOR COM A DOS SURDOS

Não foi muito diferente o que Victor e os outros surdos do mundo passaram ou continuam a passar, como a rejeição pela sociedade, discriminação, não poder casar, serem tratados como inferiores, isolados nos asilos para que pudessem ser protegidos, viam os surdos como anormais ou doentes, poucos conheciam os surdos como cidadãos.
Desde a época de Victor até os dias atuais houve inúmeras conquistas na educação para os surdos, graças a seus esforços e esforços de bons profissionais.
Com a língua dos sinais conseguem se comunicar perfeitamente com qualquer pessoa que saiba a mesma.
Aprendi com esta reflexão que o trabalho de Itard abriu portas para o cuidado que devemos ter com pessoas com necessidades especiais e também sobre a relação professor-aluno, sobre a afetividade entre educador- educando para uma melhor aprendizagem e que cabe ao professor arrumar uma atmosfera para a aprendizagem.


REFERÊNCIA


RELAÇÕES ENTRE EDUCAÇÃO, APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
HUMANO: AS CONTRIBUIÇÕES DE JEAN MARC-GASPARD ITARD (1774-1838)
Aliciene Fusca Machado Cordeiro – UNIVILLE
Mitsuko Aparecida Makino Antunes – PUC-SP
Agência Financiadora: CAPES

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

CENTROS DE INTERESSE

Acredito que os Centros de Interesse, que Decroly criou, pensando nas necessidades básicas das crianças, ajuda muito a professora e aos alunos, sendo bem aplicada e com os recursos necessários. Com isso, alunos e professora, crescem juntos.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

ANALFABETOS


Na revista Nova Escola do mês de setembro, Luis Carlos de Menezes que é físico e educador da Universidade de São Paulo, declarou que, “Os milhões de analfabetos com mais de 15 anos que não pretendem voltar à escola são parte visível de um iceberg formado por dezenas de milhões de brasileiros incapazes de escrever uma carta, fazer um cálculo ou ler um manual. As retenções inócuas ou as falsas promoções convenceram esses estudantes de que seria humilhante ou inútil voltar à sala de aula. O custo social dessa situação é altíssimo e, para evitar que se perpetue, é preciso acabar com a falsa idéia de que os “pobres” ou os de famílias desestruturadas” não aprenderiam.
Para resolver este problema ou tratá-lo, de acordo com o autor, seria, estar ciente dos ritmos de aprendizagem, a equipe necessita contemplar a diversidade no planejamento do ensino, evitando a defasagem entre a idade e a série.
Crianças que ainda não leem podem ser valorizadas por outras habilidades e realizar atividades paralelas para alcançar a turma. Para Os jovens em descompasso com o aprendizado de sua turma, as opções seriam a distribuição de livros e vídeos do seu interesse e a participação em programas complementares.
Outra sugestão do autor, é pensar em como deveria ser a escola para que eles aprendessem tanto quanto os demais. E ainda acrescenta, “Mais justo do que tratar todos da mesma maneira é garantir que aprendam, dando atenção especial aos que poderiam ser perdidos e que, por isso, são os mais importantes.”

INTERAÇÃO



Emília Ferreiro e Ana Teberosky, como Paulo Freire, tomam o homem como sujeito cognoscente e construtor de seu conhecimento. A contribuição específica que as autoras nos trazem é sobre a construção do conhecimento, sobre a escrita. Baseadas num instrumental piagetiano de investigação, Emília e Ana nos informam que a aquisição do conhecimento se baseia na atividade do sujeito em interação com o objeto do conhecimento.Sendo assim, nós professores, precisamos oportunizar meios para que o sujeito possa interagir com o meio, através de jogos, música, leitura, dramatização,atividades... que proporcionem essa busca e aquisição do conhecimento.



No texto de Regina Hara, está evidente que, foi encontrado os mesmos estágios de concepção sobre a escrtita nos adultos já identificados em crianças, ficando assim, mais fácil de se trabalhar a alfabetização com adultos, por se ter, um ponto de partida.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

ALFABETIZAÇÃO=LIBERTAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO


No sentido mais imediato, a natureza política da alfabetização é um tema fundamental nos primeiros escritos de Freire. Isso é evidente nas descrições vívidas dos movimentos destinados a proporcionar às pessoas do Terceiro Mundo as condições para a crítica e para a ação social, quer para derrubar ditaduras fascistas, quer para utilizar em situações pós-revolucionárias, em que as pessoas estão engajadas no processo de reconstrução nacional. Em qualquer desses casos, a alfabetização torna-se sinal da libertação e da transformação destinadas a desativar a voz colonial e, em seguida, a desenvolver a voz coletiva do sofrimento e da afirmação silenciada sob o terror e a brutalidade de regimes despóticos.
Seguindo estas orientações de Paulo Freire, cabe a nós professores nos engajarmos em despertar o senso crítico em nossos alunos, para que eles se questionem sempre, por que isso, será que isso é assim mesmo, que benefícios isto trará para mim, para o meu próximo, para minha rua, para o meu bairro, para a minha cidade, para o estado, para o meu país, para o nosso planeta...

sábado, 26 de setembro de 2009

Aprendizagem Amorosa


Fiquei maravilhada com as colocações da professora Luciane M. Corte Real no texto “Aprendizagem Amorosa na Interface escola Projeto Aprendizagem e Tecnologia Digital” visto que ela expõe “que a possibilidade de constituir a legitimidade de um outro depende de um processo construtivo no qual concorrem a inteligência e o afeto e que resulta em um outramento de si próprio. Esse processo passa a ser, em nosso entendimento, condição indispensável e território no qual as aprendizagens amorosas são tanto constitutivas quanto resultantes desse processo".
Passando isto para a sala de aula, pensando nos alunos, em suas aprendizagens, no afeto, no interesse, no amor, no apoio que eles recebem de suas famílias, é altamente importante para o desenvolvimento de suas aprendizagens o resultado é visivelmente a frente dos que não obtém o mesmo de suas famílias. Eles ficam carentes de carinho, querem constantemente atenção para suprir a falta.
A professora precisa dar amor, atenção, respeito por alunos carentes de afeto, saber a hora de colocar a mão no ombro do aluno e dizer, onde ele está errando e ajudar o aluno a encontrar o caminho que leva a descoberta de si e de tudo o mais, para que resulte no outramento de si próprio.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

INFORMAÇÃO PROCESSADA



Eu tive o prazer de fazer o curso de extensão “Trabalho em Equipe: uma competência a desenvolver”,
http://nanaprof2007.blogspot.com/2009_02_01_archive.html, no mês de Janeiro deste mesmo ano, que vem, exatamente de encontro com o que aprendemos com o texto “As Origens da Modalidade de Currículo Integrado”.
Aprendemos que o futuro da laboridade depende da informação processada, como diz o filósofo Edgar Morin, “informação, não é conhecimento, conhecimento é informação processada”.
Para isso é preciso formar um processador ao invés de formar um armazenador de informações.
Diferentemente da era do fordismo, o trabalhador precisa ter opinião, tomar decisões assumir riscos, saber trabalhar em equipe, conhecer o processo produtivo, ser multifuncional e interdisciplinar, pensar globalizante, ser crítico e
solidário.
Neste sentido a escola precisa preparar os alunos com valores de democracia, solidariedade e crítica se quisermos ajudar cidadãos e cidadãs a enfrentar essas políticas de flexibilidade, descentralização e automia propugnadas nas esferas trabalhistas.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Letramento Social


Segundo, Street (1984) há duas concepções, a concepção do letramento denominada, modelo autônomo, que pressupõe que há uma maneira de o letramento ser desenvolvido, sendo que sua prática de uso da escrita na sociedade ocultam à concepção de letramento dominante e por muitos pesquisadores é considerado tanto parcial como equivocada.
Nesta concepção a escola está formando robôs prontos para a época do fordismo, para a linha de montagem, para servir a classe dominante e muitas escolas ainda estão presas a esta concepção.
Já na concepção com modelo ideológico as “práticas de letramento, no plural, são social e culturalmente determinadas, e, como tal, os significados específicos que a escrita assume para um grupo social dependem dos contextos e instituições em que ela foi adquirida“.
Nesta concepção a escola estará formando alunos para enfrentar políticas dominantes, descentralização e autonomia propugnadas nas esferas trabalhistas.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

DIVISOR ENTRE OS CIDADÃOS

Nos Fundamentos e Funções da EJA está evidente que
um novo divisor entre cidadãos pode estar em curso, que além da leitura e da escrita é preciso que os alunos tenham acesso a formas de expressão e de linguagem baseadas na micro-eletrônica, ou seja os alunos precisam saber informática, se apoderar das ferramentas e através disso poder concorrer e disputar um emprego. E a Eja está aí para ajudar os alunos que não tiveram acesso a escola ou não puderam concluir seus estudos.

sábado, 12 de setembro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O realismo do ensino







Inteligência
A Epistemologia Genética piagetiana busca explicação para a inteligência humana. Em O nascimento da inteligência na criança Piaget define inteligência “como a busca intencional de meios para atingir um fim” (MONTANGERO e MAURICE-NAVILLE, 1998, p.39).
Baseada nesta explicação de Piaget, acredito que, Comênios “o pai da didática” de mais de 300 anos atrás, já estava coberto de razão, quando institui 4 elementos importantes da pedagogia“ e um deles, cito agora, “
o realismo do ensino: A aprendizagem deve começar, segundo Comênio, a partir dos sentidos, da percepção, da experiência do aluno, e não a partir de teorias abstratas. Neste sentido, Comênio acusa as escolas de formarem alunos que normalmente só conseguem repetir nomes e conceitos sem compreenderam do que estão falando. Contra isso, ele propõe que os alunos façam experiências por conta própria e aprendam a partir das
próprias observações e não somente repetindo o que outras pessoas disseram (cap. 18)”.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Leitura, Escrita e Oralidade como Artefatos Culturais



Ao estudar este texto de Maria Isabel Zen e Iole Faviero Trindade, pude perceber que na escola que trabalho, cometemos as mesmas falhas, ao dizer que “fulano não sabe, isto ou aquilo”, fazemos julgamentos e classificações e nos esquecemos que fazemos parte deste processo. E o que é mais importante precisamos dar voz e vez aos pais e alunos para que eles participem nas decisões da escola.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Funções do EJA

As funções do EJA são:
Função Reparadora: dá direito a uma escola de qualidade;
Função Equalizadora da EJA; Igualdade de oportunidades, tanto para donas de casa, migrantes, aposentados e encarcerados;
Função qualificadora: refere-se à educação permanente da EJA;

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Reflexão-Síntese sobre as Aprendizagens do Semestre 2009/1

Reflexão-Síntese sobre as Aprendizagens do Semestre 2009/1

O filme de João Jardim, “Pro dia nascer feliz”, retrata as adversidades enfrentadas pelo adolescente brasileiro na escola, tais como: ônibus escolar estragado, distância de casa até a escola, falta de professores, aluna que mata aluna, pais violentos, pais assassinados, escolas depredadas, sem recursos, descaso e abandono das autoridades para com as escolas, violência na escola entre alunos, preconceito entre alunos, bulyng, escola que exige que os alunos precisem ter boas médias porque senão eles não são merecedores de estarem naquela escola.
As adversidades dos professores da escola pública são desmotivação por receber de seus alunos desrespeito e desinteresse pela aula, desgaste físico e emocional, falta de mais recursos (usam só o quadro), evasão de alunos e que no final a professora vê-se obrigada a dar a mesma nota que os demais que participam da aula.
Através de todas estas evidências eu evoco o que Kant nos ensina “O homem não pode se tornar um verdadeiro homem senão pela educação. Ele é aquilo que a educação dele faz. Note-se que ele só pode receber tal educação de outros homens, os quais a receberam igualmente de outros. Portanto, a falta de disciplina, de instrução de certos homens os torna mestres muito ruins de seus educandos. Se um ser de natureza superior tomasse cuidado da nossa educação, ver-se-ia, então o que poderíamos nos tornar. Mas, assim como, por um lado, a educação ensina alguma coisa aos homens e, por outro lado, não faz mais que desenvolver nele certas qualidades, não se pode saber até aonde nos levariam as nossas disposições naturais. Se pelo menos fosse feita uma experiência com ajuda dos grandes e reunindo as forças de muitos, isso solucionaria a questão de se saber até aonde o homem pode chegar por esse caminho. Uma coisa, porém, tão digna de observação para uma mente especulativa quanto triste para o amigo da humanidade é ver que a maior parte dos grandes não cuida senão de si mesma e não toma parte nas interessantes experiências sobre a educação, para fazer avançar algum passo em direção à perfeição da natureza humana. É entusiasmante pensar que a natureza humana será sempre melhor desenvolvida e aprimorada pela educação, e que é possível chegar a dar àqueles forma a qual em verdade convém à humanidade. Isso abre a perspectiva para uma futura felicidade da espécie humana”. Evoquei o que Kant elucidou a respeito da educação mais respectivamente para mostrar que se os nossos governantes estivessem voltados para a educação não haveria casos, como foi mostrado no filme, de alunos de 14 e 16 anos dando respostas do tipo: “Chega na hora de arrumar emprego não tem, então tem que trabalhar na boca do fumo ou roubar para arrumar dinheiro, a gente se diverte com a cara da vítima. Até os políticos roubam e roubam muito e não vão presos. A criminalidade existe por causa dos políticos e vai aumentar”.
Com uma resposta dessa natureza, acredito, sim, que Auschwitz está presente dentre e fora dos muros da escola, está mais do que evidente que os alunos de muitas escolas, de todo o país, são frios e calculistas e deixando seus caráteres manipulados por toda a sorte de maldade, crueldade, drogas de todo tipo e prostituição.
Nossos jovens são brilhantes em sua diversidade, criatividade e possuem sonhos, de realizarem-se profissionalmente. Um dos alunos que vive indiretamente, com a marginalidade, no filme, manifestou o desejo de ser o melhor e o maior no exército. E então, por que não investir na educação? A quem interessa que eles fiquem assim? Sem rumo, sem direção? E se tornam pessoas frias, como os nazistas?
Está evidenciado no texto “Educação Após Auschwitz” “se alguma coisa pode ajudar contra a frieza como condições que a causam é a tentativa de combatê-las antes de tudo no contexto individual”.
“Crê-se que quanto mais bem forem tratadas as crianças, quanto menos forem negadas na infância, mais chances elas terão. Mas aqui também ameaçam ilusões. Crianças que nem desconfiam da crueldade e da dureza da vida são articularmente expostas à barbárie uma vez que deixam a sua proteção. Antes de tudo, é impossível incentivar os pais para o calor humano, na medida em que eles mesmos são produto dessa sociedade e dela carregam os estigmas”.
O que pode ser feito, então, segundo o autor é ajudar na conscientização da frieza em si e apurar os motivos que a ela levaram. E abordou ainda, as possibilidades de conscientização dos mecanismos subjetivos de modo geral, sem os quais possivelmente não existiria Auschwitz. E também afirmou que é primordial o conhecimento desses mecanismos e, ainda, aqueles da defesa estereotipada que bloqueia tal conscientização, isto é, aqueles que defendem o ocorrido.
Escolhi este assunto porque é o que está estampado diariamente em todos os jornais, a frieza, o sadismo, o desamor, o desrespeito de uns para com os outros dentre e fora os muros da escola. No texto Educação após AUSCHWITZ o autor afirma que “a única verdadeira força contra o princípio de Auschwitz seria a autonomia, se é que posso utilizar a expressão de Kant; a força para a reflexão, para a autodeterminação, para a não participação”.
Acho prudente falar o que está no texto “Educação Após Auschwitz” “A educação só teria pleno sentido como educação para a auto-reflexão crítica. Dado todavia que, como mostra a psicologia profunda, os caracteres em geral, mesmo os que no decorrer da existência haverá de concentrar-se na primeira infância, uma educação que queira evitar a reincidência haverá de concentrar-se na primeira infância. Já no texto de Kant “ O homem é a única criatura que precisa ser educada. Por educação entende-se o cuidado de sua infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução com a formação. Consequentemente , o homem é infante, educando e discípulo”.
Gostaria de acrescentar também o que disse Kant “Educação é uma arte, cuja a prática necessita ser aperfeiçoada por várias gerações”.
Ao par de tudo isso, temos que plantar a boa semente nos corações de quem ensinamos, precisamos faze-los refletir sobre suas vidas, porque agem dessa ou daquela forma, ir em busca das causas para evitar certas conseqüências desagradáveis. Que tal desligarmos ou trocarmos de programação na televisão fazendo, com que, quem produz certos tipos de programação reflita que este tipo de programa não está agradando, eles terão, então que refazer o planejamento das transmissões de televisão. Cuidar também de algumas modalidades de esporte porque ele é ambíguo, pode despertar coisas boas ou más.
Tudo isso nós podemos aplicar em nossas aulas, em nossas vidas fazer a experiência e esperar a colheita de bons frutos, “PRO DIA NASCER FELIZ”.








Referência
KANT, Immanuel (1724-1804) Sobre a pedagogia. Tradução de Francisco Cock Fontanella.
3ª Ed. Piracicaba: Editora UNIMEP, 2002.

Reproduzido de ADORNO, T.W. Erziehung nach Auschiwitz, In: -
Stichworte; kritische Modelle 2. Frankfurt, Suhrkamp, 1974. Trad. Por Aldo Onesti.


http://peadportfolio156698.blogspot.com/2009/07/trabalho-de-filosofia.html


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O que é um Portfólio de Aprendizagem e para que serve


Um portfólio de aprendizagem é um espaço para expor os meus trabalhos expressar meus pensamentos sobre o que eu tenho aprendido no PEAD e minhas vivências. A manutenção do blog não é um processo simples pois exige que esteja sempre em dia.
Apesar disso, recebo o retorno ao ver que ficou legal, bonito e ver quantas coisas eu aprendi e que me ajudam em minha prática pedagógica.
Também serve para mostrar onde devo me aperfeiçoar, para atingir os objetivos propostos do PEAD, e na prática de ensino com os meus alunos.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A importância das questões étnico-raciais nos currículos da escola básica

Trabalho de Recuperação – 2009/01 - Parte 2
Aluna: Eliana de Pereira Jeck

A importância das questões étnico-raciais nos currículos da escola básica

Visto que, os alunos muitas vezes sofrem preconceitos é imprescindível a importância das questões étnico-raciais nos currículos da escola básica. O professor precisa conhecer sua ancestralidade, a história da família, sua ascendência, sua história de vida e ajudar seus educandos a conhecer suas próprias histórias. Portanto, os professores precisam estar bem preparados para este tipo de situação e acabar com a discriminação e o preconceito em sala de aula, mostrar que todos são pessoas importantes “todas as pessoas merecem nossa reverência por mais insignificantes que possam parecer” (Daniel Mundurucu). É preciso valorizar todas as culturas e diversidades, que é por isso, que o nosso país é lindo e grandioso.
Está sendo jogada para as escolas a função que deveria ser da família, a de educar as crianças. E como disse Daniel Mundurucu “Educação cabe à família. Educar é incutir valores nas pessoas. Valores são atributos de pessoas, não de instituições E quando os pais não os têm? Sobra para a instituição escolar. Isso arrepia os educadores, não é verdade? Arrepia por dois motivos:
1. porque o educador passa a ser um referencial para o crescimento pessoal do aluno e2. porque tem que conviver, muitas vezes, com o descaso dos pais e com o enfrentamento de uma realidade para a qual o próprio educador não está preparado".
De acordo com Daniel Mundurucu, é preciso que os alunos busquem a ancestralidade, que isso faz superar crises de identidade e compreender as coisas que são importantes para o povo de cada um e que talvez, isso, crie uma nova identidade para o povo brasileiro. Com essa dica do autor podemos inferir que, temos que dar a devida importância para a inclusão das questões étnico-raciais nos currículos da Escola Básica, no Brasil, e fazer com que os alunos sejam parte da construção de uma nova identidade para o povo brasileiro sem preconceitos e discriminações, um aceitando e respeitando as diferenças do outro.

sábado, 18 de julho de 2009

DIA DA SOLIDARIEDADE


Gostaria de compartilhar com todos, como foi o meu trabalho, no dia da solidariedade na escola. Além de ser professora sou também cabeleireira, manicure e pedicure mas atualmente trabalho só como professora. No dia da solidariedade eu usei meus talentos cortando os cabelos dos alunos foi muito prazeroso e gratificante.
“Crê-se que quanto mais bem forem tratadas as crianças, quanto menos forem negadas na infância, mais chances elas terão”.
Reproduzido de Adorno - Educação Após Auschwitz

quinta-feira, 16 de julho de 2009

ESTUDO DE CASO (CONCLUSÃO)

*Avaliação

a)Que aproximações existem entre as ideias trazidas nos textos sobre avaliação e seu estudo de caso?

A escola atuou na direção de ajustar as necessidades da aluna com relação ao aprendizado, adaptando a aluna num ano que fosse compatível com a sua capacidade, para que ela revesse, alguns conteúdos, que ela não tinha conseguido assimilar. Através de materiais concretos, fazendo a construção do conhecimento, linguagem que flui através do entendimento entre as partes e da interação com os colegas ela está apresentando alguns progressos.

b) Quais as contradições em relação ao que foi observado?
As necessidades especiais são diferentes mas os métodos utilizados para ensinar foram parecidos.

c) Como é feita a avaliação do sujeito da pesquisa durante o ano letivo (parecer descritivo, por exemplo)?
Sim, é feito um parecer descritivo e também faço como está no texto “A avaliação vai sendo
composta: quem diz, o quê, para quem, em que situação, com quais
propósitos? Era preciso introduzir Bianca nos usos da linguagem... O que
é que aquilo quer dizer? Que sentido tem? Por que meios ou processos
um enunciado é produzido como tendo sentido? Que significação tem?”

d) Essa avaliação dá conta das possibilidades e competências do sujeito observado? Sim, neste caso.

Reflexão


Estamos no 2º trimestre e noto os avanços de minha aluna na parte cognitiva, na parte, emocional e também com relação a interação com os colegas. Ela é uma menina vaidosa, gosta de arrumar os cabelos dela e das colegas.
As vezes saio da aula preocupada com ela, mas hoje foi um dia que saí realizada pois ela veio me mostrar o caderno novo e o capricho com que ela realizou as tarefas. Ela não copiou o enunciado das atividades mas o restante ela fez o melhor que pode.
Gostaria de parabenizar a professora e tutora na escolha dos textos e vídeos porque eu consegui ver o trabalho com as pessoas com necessidades especiais de uma maneira que eu não acreditava que pudesse ser feito e também sobre os recursos existentes para auxiliar na aprendizagem dos alunos.
O texto A REDE DE INTERAÇÕES COMO CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA:ALTERNATIVAS NO ESPAÇO DA SALA DE AULA COM ALUNOS EM SITUAÇÃO DE DESVANTAGEM de Lenise Henz Caçula Pistóia1 evidencia que O caminho da construção do conhecimento significa a constituição de um processo, que é o resultado de sua história evolutiva. Pode-se afirmar que todos os seres vivos apresentam inteligência, pois são dotados de um sistema nervoso e estão submetidos às influências do meio, evidenciando o conceito de deriva estrutural (Maturana, 1995), isto é, na medida em que estão todos vivos, todos satisfizeram os requisitos necessários para uma ontogenia ininterrupta As comparações sobre eficácia pertencem ao domínio de descrições feitas pelo observador, e não tem relação direta com o que ocorre às histórias individuais de conservação da adaptação. Em resumo, não há sobrevivência do mais capaz, há sobrevivência de quem é capaz.
Conforme a autora do texto, Maturana diz que todos são capazes e que o comportamento inteligente sempre é necessariamente contextual. O contexto, por sua vez, é definido pelo domínio consensual, ou pelo domínio de adaptação ontogênica em que ocorre.



terça-feira, 7 de julho de 2009

Trabalho de filosofia

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A DISTÂNCIA/ 6ºSEMESTRE – EIXO VI
INTERDISCIPLINA:
Filosofia da Educação
Aluna: Eliana de Pereira Jeck


Respostas para as perguntas feitas pela colega da dupla:

1.Os dois autores acreditam na educação como uma forma de aprimorar e desenvolver a natureza humana? Justifique.

No texto “Educação após Auschwitz” está explícito que “a educação só teria pleno sentido como educação para auto-reflexão crítica. Dado, todavia que, como mostra a psicologia profunda, os caracteres em geral, mesmo os que no decorrer da existência chegam a perpretar os crimes, já se formaram na primeira infância, uma educação que queira evitar a reincidência haverá de concentrar-se na primeira infância. E também acrescenta o esclarecimento geral, criando um clima espiritual, cultural, social que não dê margem á uma repetição; um clima, portanto, em que os motivos que levaram ao horror se tornem conscientes na medida do possível”.

Já no texto de Kant evidencia que “O Homem que não pode se tornar um verdadeiro homem senão pela educação. Ele é aquilo que a educação dele faz. Note-se que ele só pode receber tal educação de outros homens, os quais a receberam igualmente de outros. Portanto, a falta de disciplina de instrução de certos homens os torna mestres muito ruins de seus educandos. Se um ser de natureza superior tomasse cuidado da nossa educação, ver-se-ia, então, o que poderíamos nos tornar. Mas, assim como, por um lado, a educação ensina alguma coisa aos homens e, por outro lado, não faz mais que desenvolver nele certas qualidades, não se pode saber até aonde nos levariam as nossas disposições naturais;.Se pelo menos fosse feita uma experiência com ajuda dos grandes e reunindo as forças de muitos, isso solucionaria a questão de se saber até aonde o homem pode chegar por esse caminho. Uma coisa, porém, tão digna de observação para uma mente especulativa quanto triste para o amigo da humanidade é ver que a maior parte dos grandes não cuida senão de si mesma e não toma parte nas interessantes experiências sobre a educação, para fazer avançar algum passo em direção à perfeição da natureza humana. É entusiasmante pensar que a natureza humana será sempre melhor desenvolvida e aprimorada pela educação, e que é possível chegar a dar àqueles forma a qual em verdade convém à humanidade. Isso abre a perspectiva para uma futura felicidade da espécie humana”.

Justificativa: Sim, os dois autores acreditam nesta hipótese da educação, desde que, cuide-se o momento, a forma de como esta educação será aplicada e de quem receberemos a educação.

2.Para os autores a disciplina, a dureza na educação para ter capacidade de suportar o máximo na vida, é vista como um aspecto positivo ou negativo? Explique.

No texto “Educação após Auschwitz” está claro que “o mal de certos costumes folclóricos é que se trata de precursores imediato da violência nacional-socialista. Não é de admirar que os nazistas enaltecessem e cultivassem tais monstruosidades sob a designação de “costume”. Caberia aqui à ciência uma tarefa extremamente atual. Poderia inverter energicamente a tendência da etnologia que os nacional-socialistas entusiasticamente encamparam para controlar a sobrevivência ao mesmo tempo brutal e fantasmagórica dessas diversões populares. Em toda essa esfera, trata-se de um pretenso ideal que também desempenha papel relevante na educação tradicional: o da dureza. Pode ainda, por mais vergonhoso que pareça, relacionar-se a uma declaração de Nietzche, embora na verdade ela quisesse dizer outra coisa. Lembro que o terrível Boger teve um acesso durante uma palestra sobre Auschwitz, que culminou com um elogio à educação para a disciplina através da dureza. Esta seria necessária para formar o tipo de pessoa que lhe parecia certa. A imagem da educação pela dureza, na qual muitos crêem irrefletidamente, é basicamente errada. A concepção de que virilidade signifique o máximo de capacidade para suportar já e transformou há tempos em símbolo de um masoquismo que como demonstra a psicologia – se funde com demasiada facilidade ao sadismo. Em última análise, a elogiada têmpera para a qual se é educado significa pura e simplesmente indiferença à dor. E não se faz tanta distinção assim entre uma e outra. Aquele que é duro contra si mesmo adquire o direito de sê-lo contra os demais e se vinga da dor que não teve a liberdade de demonstrar, que precisou reprimir. Esse mecanismo deve ser conscientizado, da mesma forma como deve ser fomentada uma educação que não mais premie a dor e a capacidade de suportá-la. Já para Kant, por a disciplina ter que impedir o homem de desviar-se da humanidade, através de suas inclinações animais e vista como puramente negativa, porque é o tratamento através do qual se tira do homem as suas selvagerias; a instrução, pelo contrário, é a parte positiva da educação”.
Por outro lado, o homem tem necessidade de cuidados e de formação. “A formação compreende a disciplina e a instrução. A falta de disciplina e de instrução em certos homens os torna mestres muito ruins de seus educandos.
A falta de disciplina é um mal pior que a falta de cultura, pois esta pode ser remediada mais tarde, ao passo de que não se pode abolir o estado selvagem e corrigir um defeito de disciplina. Talvez a educação se torne sempre melhor e cada uma das gerações futuras dê um passo a mais em direção ao aperfeiçoamento da humanidade, uma vez que o grande segredo da perfeição da natureza humana se esconde no próprio problema da educação. A educação é o maior e o mais árduo problema que pode ser proposto aos homens. De fato, os conhecimentos dependem da educação e esta, por sua vez, depende daqueles. Por isso, a educação, não poderia dar um passo à frente a não ser pouco a pouco, e somente pode surgir um conceito da arte de educar na medida em que cada geração transmite suas experiências e seus conhecimentos à geração seguinte, a qual lhes acrescenta algo de seu”.

Avaliação das perguntas elaboradas pelo colega da dupla:

As questões elaboradas pela colega da dupla, foram muito bem elaboradas e pude constatar que uma questão está muito ligada a outra porque educação envolve cuidado, formação, disciplina e a instrução e tudo precisa ser muito bem dosado porque “de fato, os conhecimentos dependem da educação e esta, por sua vez, depende daqueles”.Mas para que se tenha pleno êxito neste objetivo, o de aprimorar e desenvolver a natureza humana é preciso estar cientes de que a educação abrange os cuidados e a formação. “Esta é: 1. negativa, ou seja, disciplina, a qual impede defeitos; 2. positiva isto é instrução e direcionamento e, sob esse aspecto, pertencente à cultura. O direcionamento é a condução na prática daquilo que foi ensinado”. Os autores traçam um paralelo com relação a educação eles evidenciam que é preciso, cuidar o momento, a forma de como esta educação será aplicada e de quem receberemos a educação isto tudo é um conjunto de coisas que precisa ser sempre bem pensadas, refletidas para que Auschwitz não retorne jamais e a nós professores cabe despertar o senso crítico de nossos alunos para que eles não caiam no erro de ter o caráter manipulativo. Precisamos ajudar, instruir nossos alunos a pensar no bem da humanidade não só em si, assim atingiremos o objetivo de aprimorar e desenvolver a natureza humana.


Referências

KANT, Immanuel (1724-1804) Sobre a pedagogia. Tradução de Francisco Cock Fontanella.
3ª Ed. Piracicaba: Editora UNIMEP, 2002.

Reproduzido de ADORNO, T.W. Erziehung nach Auschiwitz, In: -
Stichworte; kritische Modelle 2. Frankfurt, Suhrkamp, 1974. Trad. Por Aldo Onesti.

domingo, 14 de junho de 2009

SEMANA DA ESPIRITUALIDADE EM MINHA VIDA (NIETE)








SEMANA DA ESPIRITUALIDADE NA MINHA VIDA
Eu fiquei completamente apaixonada pelo evento envolvendo espiritualidade na universidade ocorrido na UFRGS no mês de junho de 2009, Núcleo Interdisciplinar de Estudos Transdisciplinares sobre Espiritualidade (NIETE) da Pró-Reitoria de Extensão, e a AME-Brasil através da AME-RS.
A semana da espiritualidade em minha vida não pode ser diferente, foi calma, tranqüila e de um processo de construção de conhecimento, através das experiências, dos estudos e crenças compartilhadas. Mesmo em meio à diversidade todos tinham alguns pontos em comum, o amor, o amor que transcende os seres e a ciências, o diálogo, a palavra que constrói o outro, fazer o bem aos outros e ao planeta.
No evento assisti a dois filmes um deles foi “Crianças invisíveis” o qual retratou a vida de crianças de três classes sociais diferentes e nos três tipos de classes sociais foi possível analisar que elas conseguem, mesmo passando por sofrimentos, levantar hipóteses, construir os seus conhecimentos, aprender e até mesmo salvar vidas.
No outro filme “Tempo de espera tempo de vipássana” mostrou que podemos fazer uma viagem interior e encontrar o equilíbrio dentro de nós e de nos conhecermos, saber os nossos desejos e ser pessoas resolvidas, curadas mentalmente, “mente sana in corpore sano”, espiritualmente e afetivamente libertando-nos do presídio interior.
Vários assuntos mostram que a terra parece estar fora de equilíbrio, devido à ganância, a violência, o desamor, a falta de ética, valores corrompidos, mas a terra poderá voltar a ter equilíbrio se respeitarmos o próximo como a nós mesmos como o Mestre Jesus nos ensinou e também aos outros seres e ao nosso planeta.
Antes de dar minha aula farei uma oração para que o Espírito Santo me ilumine e eu consiga estar tranqüila, equilibrada para usar palavras que construam e não destruam meus alunos como foi dito pela Leda.
Na minha prática de aula irei fazer meditação com os meus alunos por alguns minutos, tenho fé que eles conseguirão ver as coisas com mais clareza e calma e também despertarei neles o senso crítico para que eles possam mudar a realidade dando um sentido de amor, respeito e alegria.
“A meditação é a transformação das impurezas do ser, na expressão do amor universal e do serviço à humanidade”.
Por enquanto isto é um sonho, mas como Dada Tapesh disse “Você nunca está só ou abandonado. A força que guia as estrelas guia você também”.
“Quando sonhamos sozinhos, é um simples sonho, mas quando sonhamos juntos já é uma realidade”.
“A visão transdisciplinar é resolutamante aberta a medida que ultrapassa o campo das ciências exatas devido ao seu diálogo e sua reconciliação, não apenas com as ciências humanas, mas também com a arte, a literatura, a poesia e a experiência interior”. (Art. 5º Carta Congresso de Arrábida, 1994).