sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Funções do EJA

As funções do EJA são:
Função Reparadora: dá direito a uma escola de qualidade;
Função Equalizadora da EJA; Igualdade de oportunidades, tanto para donas de casa, migrantes, aposentados e encarcerados;
Função qualificadora: refere-se à educação permanente da EJA;

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Reflexão-Síntese sobre as Aprendizagens do Semestre 2009/1

Reflexão-Síntese sobre as Aprendizagens do Semestre 2009/1

O filme de João Jardim, “Pro dia nascer feliz”, retrata as adversidades enfrentadas pelo adolescente brasileiro na escola, tais como: ônibus escolar estragado, distância de casa até a escola, falta de professores, aluna que mata aluna, pais violentos, pais assassinados, escolas depredadas, sem recursos, descaso e abandono das autoridades para com as escolas, violência na escola entre alunos, preconceito entre alunos, bulyng, escola que exige que os alunos precisem ter boas médias porque senão eles não são merecedores de estarem naquela escola.
As adversidades dos professores da escola pública são desmotivação por receber de seus alunos desrespeito e desinteresse pela aula, desgaste físico e emocional, falta de mais recursos (usam só o quadro), evasão de alunos e que no final a professora vê-se obrigada a dar a mesma nota que os demais que participam da aula.
Através de todas estas evidências eu evoco o que Kant nos ensina “O homem não pode se tornar um verdadeiro homem senão pela educação. Ele é aquilo que a educação dele faz. Note-se que ele só pode receber tal educação de outros homens, os quais a receberam igualmente de outros. Portanto, a falta de disciplina, de instrução de certos homens os torna mestres muito ruins de seus educandos. Se um ser de natureza superior tomasse cuidado da nossa educação, ver-se-ia, então o que poderíamos nos tornar. Mas, assim como, por um lado, a educação ensina alguma coisa aos homens e, por outro lado, não faz mais que desenvolver nele certas qualidades, não se pode saber até aonde nos levariam as nossas disposições naturais. Se pelo menos fosse feita uma experiência com ajuda dos grandes e reunindo as forças de muitos, isso solucionaria a questão de se saber até aonde o homem pode chegar por esse caminho. Uma coisa, porém, tão digna de observação para uma mente especulativa quanto triste para o amigo da humanidade é ver que a maior parte dos grandes não cuida senão de si mesma e não toma parte nas interessantes experiências sobre a educação, para fazer avançar algum passo em direção à perfeição da natureza humana. É entusiasmante pensar que a natureza humana será sempre melhor desenvolvida e aprimorada pela educação, e que é possível chegar a dar àqueles forma a qual em verdade convém à humanidade. Isso abre a perspectiva para uma futura felicidade da espécie humana”. Evoquei o que Kant elucidou a respeito da educação mais respectivamente para mostrar que se os nossos governantes estivessem voltados para a educação não haveria casos, como foi mostrado no filme, de alunos de 14 e 16 anos dando respostas do tipo: “Chega na hora de arrumar emprego não tem, então tem que trabalhar na boca do fumo ou roubar para arrumar dinheiro, a gente se diverte com a cara da vítima. Até os políticos roubam e roubam muito e não vão presos. A criminalidade existe por causa dos políticos e vai aumentar”.
Com uma resposta dessa natureza, acredito, sim, que Auschwitz está presente dentre e fora dos muros da escola, está mais do que evidente que os alunos de muitas escolas, de todo o país, são frios e calculistas e deixando seus caráteres manipulados por toda a sorte de maldade, crueldade, drogas de todo tipo e prostituição.
Nossos jovens são brilhantes em sua diversidade, criatividade e possuem sonhos, de realizarem-se profissionalmente. Um dos alunos que vive indiretamente, com a marginalidade, no filme, manifestou o desejo de ser o melhor e o maior no exército. E então, por que não investir na educação? A quem interessa que eles fiquem assim? Sem rumo, sem direção? E se tornam pessoas frias, como os nazistas?
Está evidenciado no texto “Educação Após Auschwitz” “se alguma coisa pode ajudar contra a frieza como condições que a causam é a tentativa de combatê-las antes de tudo no contexto individual”.
“Crê-se que quanto mais bem forem tratadas as crianças, quanto menos forem negadas na infância, mais chances elas terão. Mas aqui também ameaçam ilusões. Crianças que nem desconfiam da crueldade e da dureza da vida são articularmente expostas à barbárie uma vez que deixam a sua proteção. Antes de tudo, é impossível incentivar os pais para o calor humano, na medida em que eles mesmos são produto dessa sociedade e dela carregam os estigmas”.
O que pode ser feito, então, segundo o autor é ajudar na conscientização da frieza em si e apurar os motivos que a ela levaram. E abordou ainda, as possibilidades de conscientização dos mecanismos subjetivos de modo geral, sem os quais possivelmente não existiria Auschwitz. E também afirmou que é primordial o conhecimento desses mecanismos e, ainda, aqueles da defesa estereotipada que bloqueia tal conscientização, isto é, aqueles que defendem o ocorrido.
Escolhi este assunto porque é o que está estampado diariamente em todos os jornais, a frieza, o sadismo, o desamor, o desrespeito de uns para com os outros dentre e fora os muros da escola. No texto Educação após AUSCHWITZ o autor afirma que “a única verdadeira força contra o princípio de Auschwitz seria a autonomia, se é que posso utilizar a expressão de Kant; a força para a reflexão, para a autodeterminação, para a não participação”.
Acho prudente falar o que está no texto “Educação Após Auschwitz” “A educação só teria pleno sentido como educação para a auto-reflexão crítica. Dado todavia que, como mostra a psicologia profunda, os caracteres em geral, mesmo os que no decorrer da existência haverá de concentrar-se na primeira infância, uma educação que queira evitar a reincidência haverá de concentrar-se na primeira infância. Já no texto de Kant “ O homem é a única criatura que precisa ser educada. Por educação entende-se o cuidado de sua infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução com a formação. Consequentemente , o homem é infante, educando e discípulo”.
Gostaria de acrescentar também o que disse Kant “Educação é uma arte, cuja a prática necessita ser aperfeiçoada por várias gerações”.
Ao par de tudo isso, temos que plantar a boa semente nos corações de quem ensinamos, precisamos faze-los refletir sobre suas vidas, porque agem dessa ou daquela forma, ir em busca das causas para evitar certas conseqüências desagradáveis. Que tal desligarmos ou trocarmos de programação na televisão fazendo, com que, quem produz certos tipos de programação reflita que este tipo de programa não está agradando, eles terão, então que refazer o planejamento das transmissões de televisão. Cuidar também de algumas modalidades de esporte porque ele é ambíguo, pode despertar coisas boas ou más.
Tudo isso nós podemos aplicar em nossas aulas, em nossas vidas fazer a experiência e esperar a colheita de bons frutos, “PRO DIA NASCER FELIZ”.








Referência
KANT, Immanuel (1724-1804) Sobre a pedagogia. Tradução de Francisco Cock Fontanella.
3ª Ed. Piracicaba: Editora UNIMEP, 2002.

Reproduzido de ADORNO, T.W. Erziehung nach Auschiwitz, In: -
Stichworte; kritische Modelle 2. Frankfurt, Suhrkamp, 1974. Trad. Por Aldo Onesti.


http://peadportfolio156698.blogspot.com/2009/07/trabalho-de-filosofia.html


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O que é um Portfólio de Aprendizagem e para que serve


Um portfólio de aprendizagem é um espaço para expor os meus trabalhos expressar meus pensamentos sobre o que eu tenho aprendido no PEAD e minhas vivências. A manutenção do blog não é um processo simples pois exige que esteja sempre em dia.
Apesar disso, recebo o retorno ao ver que ficou legal, bonito e ver quantas coisas eu aprendi e que me ajudam em minha prática pedagógica.
Também serve para mostrar onde devo me aperfeiçoar, para atingir os objetivos propostos do PEAD, e na prática de ensino com os meus alunos.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A importância das questões étnico-raciais nos currículos da escola básica

Trabalho de Recuperação – 2009/01 - Parte 2
Aluna: Eliana de Pereira Jeck

A importância das questões étnico-raciais nos currículos da escola básica

Visto que, os alunos muitas vezes sofrem preconceitos é imprescindível a importância das questões étnico-raciais nos currículos da escola básica. O professor precisa conhecer sua ancestralidade, a história da família, sua ascendência, sua história de vida e ajudar seus educandos a conhecer suas próprias histórias. Portanto, os professores precisam estar bem preparados para este tipo de situação e acabar com a discriminação e o preconceito em sala de aula, mostrar que todos são pessoas importantes “todas as pessoas merecem nossa reverência por mais insignificantes que possam parecer” (Daniel Mundurucu). É preciso valorizar todas as culturas e diversidades, que é por isso, que o nosso país é lindo e grandioso.
Está sendo jogada para as escolas a função que deveria ser da família, a de educar as crianças. E como disse Daniel Mundurucu “Educação cabe à família. Educar é incutir valores nas pessoas. Valores são atributos de pessoas, não de instituições E quando os pais não os têm? Sobra para a instituição escolar. Isso arrepia os educadores, não é verdade? Arrepia por dois motivos:
1. porque o educador passa a ser um referencial para o crescimento pessoal do aluno e2. porque tem que conviver, muitas vezes, com o descaso dos pais e com o enfrentamento de uma realidade para a qual o próprio educador não está preparado".
De acordo com Daniel Mundurucu, é preciso que os alunos busquem a ancestralidade, que isso faz superar crises de identidade e compreender as coisas que são importantes para o povo de cada um e que talvez, isso, crie uma nova identidade para o povo brasileiro. Com essa dica do autor podemos inferir que, temos que dar a devida importância para a inclusão das questões étnico-raciais nos currículos da Escola Básica, no Brasil, e fazer com que os alunos sejam parte da construção de uma nova identidade para o povo brasileiro sem preconceitos e discriminações, um aceitando e respeitando as diferenças do outro.