domingo, 26 de setembro de 2010

SOS EDUCAÇÃO


Com minhas aprendizagens, percebi que AUSCHWITZ está presente dentre e fora dos muros das escolas. Alunos de várias escolas de todo o país são frios e calculistas e deixando os seus caráteres manipulados por toda a sorte de maldade, crueldade e drogas de todo o tipo. A droga está presente entre os alunos e familiares destruindo-os a cada dia. O desamor de uns para com os outros, a falta de fé, o descaso das autoridades com relação à educação está mais do que evidente como retrata o filme de João Jardim, “Pro dia nascer feliz”. "O filme mostra as adversidades enfrentadas pelo adolescente brasileiro na escola, tais como: ônibus escolar estragado, distância de casa até a escola, falta de professores, aluna que mata aluna, pais violentos, pais assassinados, escolas depredadas, sem recursos, descaso e abandono das autoridades para com as escolas, violência na escola entre alunos, preconceito entre alunos, escola que exige que os alunos precisem ter boas médias porque senão eles não são merecedores de estarem naquela escola.
As adversidades dos professores da escola pública são desmotivação por receber de seus alunos desrespeito e desinteresse pela aula, desgaste físico e emocional, falta de mais recursos (usam só o quadro), evasão de alunos e que no final a professora vê-se obrigada a dar a mesma nota que os demais que participam da aula".
É por isso, que temos milhões de analfabetos. Segundo o "Luis Carlos de Menezes físico e educador da Universidade de São Paulo, temos analfabetos com mais de 15 anos que não pretendem voltar à escola são a parte visível de um iceberg formado por milhões de brasileiros incapazes de escrever uma carta, fazer um cálculo ou ler um manual. As retenções inócuas ou falsas promoções convenceram esses estudantes de que seria humilhante ou inútil voltar à sala de aula. O custo social é altíssimo e, para evitar que se perpetue, é preciso acabar com a falsa idéia de que os “pobres ou de famílias desestruturadas” não aprenderiam".
Percebo que é preciso um SOS para a educação. A união de pais professores e autoridades é fundamental para enfrentar todas estas barbáries que está dentre e fora dos muros da escola.
De que modo?!
Adorno afirma que “a única verdadeira força contra o princípio de AUSC HWITZ seria a autonomia, se é que posso utilizar a expressão de kant; a força para a reflexão, para a autodeterminação, para a não participação. A educação só teria pleno sentido como educação para a auto – reflexão crítica”.
Neste ínterim vejo minha parcela de responsabilidade em ensinar a meu aluno para que ele não fique com o consciente coisificado.
“Esse tipo, entretanto – se não me iludo com as minhas observações e se determinadas pesquisas sociológicas permitirem generalizações –, está muito mais disseminado do que se poderia acreditar. Aquilo que exemplificava apenas alguns monstros nazistas poderá ser observado hoje em grande número de pessoas, como delinqüentes juvenis, chefes de quadrilha e similares, que povoam o noticiário dos jornais, diariamente. Se eu precisasse converter esse caráter manipulativo numa fórmula – talvez não devesse fazê-lo, mas pode contribuir para um melhor entendimento –, eu o chamaria "tipo com consciente coisificado".
Eu preciso ajudar o meu aluno a adquirir os dois passaportes para a liberdade que são “a criança precisa apropiar-se da tecnologia da escrita, pela alfabetização, e precisa identificar os diferentes usos e funções da escrita vivenciando diferentes práticas de leitura e de escrita, pelo processo de letramento. Se lhe é oferecido um dos “passaportes” – se apenas se alfabetiza sem conviver com práticas reais de leitura e escrita – formará um conceito distorcido e parcial do mundo da escrita; se usa apenas o outro “passaporte” – se apenas, ou sobretudo, é levada ao letramento, sem a apropiação adequada da tecnologia da escrita – saberá para que serve a língua escrita, mas não saberá se servir dela. Assim, para a inserção plena da criança no mundo da escrita, é fundamental que alfabetização e letramento sejam processos simultâneos e indissociáveis e além disso tenho a responsabilidade de preparar o meu aluno para enfrentar o novo milênio, preciso ajudar a transformar a escola da informação à escola do conhecimento e dar acesso aos meus alunos aos novos recursos das mídias e tecnologias em prol do conhecimento, para que o meu aluno possa construir novos caminhos para aprendizagens e descobertas e proporcionar uma mudança na sociedade.
Minha formação graças ao curso Pedagogia a distância, um curso de alto nível, oferecido pela UFRGS, tem me habilitado a aliar as tecnologias da informação e do comunicação nas práticas pedagógicas e isto, é tudo o que eu queria e sentia a necessidade deste conhecimento, como se sente a falta d’água na vida. Eu amo este curso ele é completo, inovador, moderno e é isto, que o aluno do século XXI e do novo milênio precisa, por ser um curso que favoreça as pessoas que moram longe, no sentido de ter um acesso fácil, cômodo e rápido da Tecnologia da informação e comunicação, evitando que alunos se exponham à noite a perigos e também possam aliar trabalho e estudo sem ter perda de tempo com trajetos e gastos desnecessários. Sendo assim, evitaremos que AUSCHWITZ retorne porque nosso aluno estará preparado para enfrentar o terror e a brutalidade de "regimes despóticos".


Referências:
Interdisciplina: Filosofia da Educação
Reproduzido de ADORNO, T. W. Erziehung nach Auschwitz, In: –.
Stichworte; kritische Modelle 2. Frankfurt, Suhrkamp, 1974. Trad. por Aldo Onesti.
Revista nova escola mês setembro/2009 pg.134 (Nossos alunos mais importantes)

70 Escola *Grandes Pensadores Edição Especial_022
Maraschin* Cleci CADÊ A CERTEZA QUE ESTAVA AQUI?
* Professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

domingo, 19 de setembro de 2010

Será que Papai Noel existe? IS THE QUESTION



Estamos no novo milênio e o desafio de o que, por que, e como devemos ensinar para os nossos alunos de hoje para que daqui a dez ou quinze anos possam viver como cidadãos conscientes, críticos, capazes de enfrentar os novos desafios de seu tempo ainda persiste na cabeça de qualquer professor. Esse desafio cruel afeta não só aos professores, mas os cientistas, os filósofos... Ninguém tem certeza de mais nada, então descobrimos que “Papai Noel não existe. O desencantamento pode ser vivido como um tipo de perda da magia, perda do gosto e até mesmo, perda do sentido. O exemplo do Papai Noel Pode parecer um pouco infantil, mas ele tem duplo propósito. O primeiro deles, é expressar que todos nós, em alguma medida, já passamos por momentos de desencantamento e, o segundo, é que o processo de desencantamento faz parte do próprio viver, do crescimento, não é estranho à vida”.
Nos desencantamos com muitas coisas porque segundo algumas das hipóteses levantadas por *Cleci, a velocidade que as coisas aparecem e desaparecem é espantosa. Tudo é descartável, hoje se casa de manhã e pode se separar à noite, há uma busca incessante no aprender e aprender implica no conflito de abandonar falsas idéias daquilo que não funciona mais e que já se mostram falsas e também seria a competição com as novas tecnologias da informação?
*Cleci nos revela que uma queixa muito comum entre os professores é a idéia de que as novas tecnologias da informação seriam em grande medida responsáveis por nossa famosa crise paradigmática e que nós professoras acreditamos que não temos as mesmas armas tecnológicas da mídia e isto seria uma competição muito desigual.
E então, o que fazer, qual o caminho seguir?
É evidente que devemos utilizar os novos recursos tecnológicos e da mídia em benefício próprio e proporcionar que os alunos também possam se beneficiar. O professor precisa acompanhar a evolução do que acontece no mundo. Precisa ser um eterno aprendiz, agir em favor de si e dos alunos. O professor deste novo milênio precisa estar com o porte da “arma” tecnológica e da mídia com a capacidade de alcance para tornar possível o aluno interagir com o conhecimento, construir novos caminhos para aprendizagens e descobertas.
A chave para a transformação da escola da informação à escola do conhecimento está na mão de quem?! É claro! Não poderia ser diferente, na mão do professor... É ele e nas mãos dele que passam todos antes de se tornarem médicos, dentistas, etc. que precisa pegar a chave daquela salinha que causa desassossego a tanta gente...Ele dará acesso aos alunos o uso destes novos recursos e gabaritar o aluno a enfrentar o NOVO MILÊNIO.

Interdisciplina: Seminário Integrador IX
Referência:
Maraschin* Cleci CADÊ A CERTEZA QUE ESTAVA AQUI?
* Professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

PASSAPORTE PARA A LIBERDADE




Minha Arquitetura Pedagógica no estágio envolveu gêneros literários, para que os alunos pudessem usar os dois passaportes que (BETOLILA; SOARES, 2007) evidenciam em “É preciso conjugar alfabetização e letramento?” Segundo estas autoras, a criança precisa apropiar-se da tecnologia da escrita, pela alfabetização, e precisa identificar os diferentes usos e funções da escrita vivenciando diferentes práticas de leitura e de escrita, pelo processo de letramento. Se lhe é oferecido um dos “passaportes” – se apenas se alfabetiza sem conviver com práticas reais de leitura e escrita – formará um conceito distorcido e parcial do mundo da escrita; se usa apenas o outro “passaporte” – se apenas, ou sobretudo, é levada ao letramento, sem a apropiação adequada da tecnologia da escrita – saberá para que serve a língua escrita, mas não saberá se servir dela. Assim, para a inserção plena da criança no mundo da escrita, é fundamental que alfabetização e letramento sejam processos simultâneos e indissociáveis.
Se não houver essa simultaneidade e indissociabilidade, a criança não verá sentido em aprender a tecnologia, pois esta não a leva além de relações entre sons e letras, famílias silábicas, frases sem contexto, como “Eva viu a uva”, e pseudotexto de cartilhas; ou a criança conviverá com textos reais, com práticas reais de leitura e de escrita, mas não aprenderá a ler e escrever textos.
No tocante a este assunto, Paulo Freire foi categórico na sua proposta de habilitar o aluno a “ler o mundo”, na expressão famosa do educador, “Trata-se de ler a realidade (transformá-la)".
Penso que munidos destes dois passaportes o aluno consiga sair da “sua situação de oprimido para agir em favor da própria libertação”. Neste ínterim eu trouxe coisas da vida, da realidade, tais como diversos gêneros textuais e dentre estes assuntos está o uso do computador como recurso na aprendizagem dos alunos.
O mundo letrado do século XXI deixa evidente a necessidade do uso do computador na vida das pessoas, uma necessidade que visa beneficiar quem o usa e como prova disto os meus alunos tiveram acesso a esta tecnologia e isto veio enriquecer a construção do conhecimento no processo de letramento deles fazendo com que eles fizessem um trabalho inovador.


Referências:
Interdisciplinas: Linguagem e Educação
BETOLILA, Alain; SOARES, Magda. É preciso conjugar alfabetização e letramento? In: LETRA Ao jornal do alfabetizador. CEALE, Belo Horizonte, p. 3, v.3, mai/jun, 2007. (Texto 4 – Módulo 5)


Interdisciplina: Didática, Planejamento e Avaliação
BETTO Frei. Paulo Freire: a leitura do mundo. Fonte:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Profa/col_3.pdf, acesso em 01/12/2007.
70 Escola *Grandes Pensadores Edição Esp_022
Leitura 2: FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: _____. Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p.89-101.

domingo, 5 de setembro de 2010

Mundo Letrado do Século XXI

O mundo letrado do século XXI traz em si, pessoas distintas física, psicológica e emocionalmente bem diversificadas umas das outras e muitas vezes com problemas socioeconômicos, reflexo de um mundo globalizado.
Neste meio estão os surdos que possuem uma língua, uma cultura, questões históricas as quais merecem ser consideradas e estudadas por todos nós.
Itard disse que “um grande vício da educação é crer que ela deva ser a mesma para todos os indivíduos. Ela deveria ser tão variável como é o espírito humano nas suas modificações e a época de seu desenvolvimento” (ITARD, 1802, p. 466).
De praxe temos “formas de letramento e alfabetismo, contextualizadas culturalmente, povoam esse mundo letrado do século XXI, com divulgação impressa, digital e eletrônica, através de outdoors, filmes, músicas, propagandas, desenhos, jogos infantis, etc. São marcas e produtos que alfabetizam crianças, jovens e adultos por meio do uso dessas novas tecnologias. ( Trindade, 2005, p.130)
No entanto, para atender ao contraste de alunos e para participar do mundo letrado é preciso que os professores estejam habilitados, buscando conhecimento e constante formação.
Nesta caminhada, Itard nos ensina que ao professor caberia a difícil tarefa de organizar os ambientes de aprendizagem, de proporcionar atividades favorecedoras de desenvolvimento, não só cognitivo e comportamental, ideia que pode ser considerada bastante contemporânea.
O professor é o mediador, o mestre, sua missão é a de planejar aulas de modo que alie o “pra quê ao como, através da qual a observação criteriosa e investigativa torna-se, também elemento indissociável do processo” (RODRIGUES, 2001). Sendo assim, o professor deve fazer questionamentos, a respeito do que os alunos gostariam de aprender. Surgirão muitas respostas, o professor, a partir daí, escolhe um tema que venha de encontro com a realidade dos alunos e desenvolve junto com a turma um projeto de aprendizagem, sempre com visão de que precisa atender as necessidades, aos propósitos dos alunos e orientá-los na busca do conhecimento.