sábado, 18 de julho de 2009

DIA DA SOLIDARIEDADE


Gostaria de compartilhar com todos, como foi o meu trabalho, no dia da solidariedade na escola. Além de ser professora sou também cabeleireira, manicure e pedicure mas atualmente trabalho só como professora. No dia da solidariedade eu usei meus talentos cortando os cabelos dos alunos foi muito prazeroso e gratificante.
“Crê-se que quanto mais bem forem tratadas as crianças, quanto menos forem negadas na infância, mais chances elas terão”.
Reproduzido de Adorno - Educação Após Auschwitz

quinta-feira, 16 de julho de 2009

ESTUDO DE CASO (CONCLUSÃO)

*Avaliação

a)Que aproximações existem entre as ideias trazidas nos textos sobre avaliação e seu estudo de caso?

A escola atuou na direção de ajustar as necessidades da aluna com relação ao aprendizado, adaptando a aluna num ano que fosse compatível com a sua capacidade, para que ela revesse, alguns conteúdos, que ela não tinha conseguido assimilar. Através de materiais concretos, fazendo a construção do conhecimento, linguagem que flui através do entendimento entre as partes e da interação com os colegas ela está apresentando alguns progressos.

b) Quais as contradições em relação ao que foi observado?
As necessidades especiais são diferentes mas os métodos utilizados para ensinar foram parecidos.

c) Como é feita a avaliação do sujeito da pesquisa durante o ano letivo (parecer descritivo, por exemplo)?
Sim, é feito um parecer descritivo e também faço como está no texto “A avaliação vai sendo
composta: quem diz, o quê, para quem, em que situação, com quais
propósitos? Era preciso introduzir Bianca nos usos da linguagem... O que
é que aquilo quer dizer? Que sentido tem? Por que meios ou processos
um enunciado é produzido como tendo sentido? Que significação tem?”

d) Essa avaliação dá conta das possibilidades e competências do sujeito observado? Sim, neste caso.

Reflexão


Estamos no 2º trimestre e noto os avanços de minha aluna na parte cognitiva, na parte, emocional e também com relação a interação com os colegas. Ela é uma menina vaidosa, gosta de arrumar os cabelos dela e das colegas.
As vezes saio da aula preocupada com ela, mas hoje foi um dia que saí realizada pois ela veio me mostrar o caderno novo e o capricho com que ela realizou as tarefas. Ela não copiou o enunciado das atividades mas o restante ela fez o melhor que pode.
Gostaria de parabenizar a professora e tutora na escolha dos textos e vídeos porque eu consegui ver o trabalho com as pessoas com necessidades especiais de uma maneira que eu não acreditava que pudesse ser feito e também sobre os recursos existentes para auxiliar na aprendizagem dos alunos.
O texto A REDE DE INTERAÇÕES COMO CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA:ALTERNATIVAS NO ESPAÇO DA SALA DE AULA COM ALUNOS EM SITUAÇÃO DE DESVANTAGEM de Lenise Henz Caçula Pistóia1 evidencia que O caminho da construção do conhecimento significa a constituição de um processo, que é o resultado de sua história evolutiva. Pode-se afirmar que todos os seres vivos apresentam inteligência, pois são dotados de um sistema nervoso e estão submetidos às influências do meio, evidenciando o conceito de deriva estrutural (Maturana, 1995), isto é, na medida em que estão todos vivos, todos satisfizeram os requisitos necessários para uma ontogenia ininterrupta As comparações sobre eficácia pertencem ao domínio de descrições feitas pelo observador, e não tem relação direta com o que ocorre às histórias individuais de conservação da adaptação. Em resumo, não há sobrevivência do mais capaz, há sobrevivência de quem é capaz.
Conforme a autora do texto, Maturana diz que todos são capazes e que o comportamento inteligente sempre é necessariamente contextual. O contexto, por sua vez, é definido pelo domínio consensual, ou pelo domínio de adaptação ontogênica em que ocorre.



terça-feira, 7 de julho de 2009

Trabalho de filosofia

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A DISTÂNCIA/ 6ºSEMESTRE – EIXO VI
INTERDISCIPLINA:
Filosofia da Educação
Aluna: Eliana de Pereira Jeck


Respostas para as perguntas feitas pela colega da dupla:

1.Os dois autores acreditam na educação como uma forma de aprimorar e desenvolver a natureza humana? Justifique.

No texto “Educação após Auschwitz” está explícito que “a educação só teria pleno sentido como educação para auto-reflexão crítica. Dado, todavia que, como mostra a psicologia profunda, os caracteres em geral, mesmo os que no decorrer da existência chegam a perpretar os crimes, já se formaram na primeira infância, uma educação que queira evitar a reincidência haverá de concentrar-se na primeira infância. E também acrescenta o esclarecimento geral, criando um clima espiritual, cultural, social que não dê margem á uma repetição; um clima, portanto, em que os motivos que levaram ao horror se tornem conscientes na medida do possível”.

Já no texto de Kant evidencia que “O Homem que não pode se tornar um verdadeiro homem senão pela educação. Ele é aquilo que a educação dele faz. Note-se que ele só pode receber tal educação de outros homens, os quais a receberam igualmente de outros. Portanto, a falta de disciplina de instrução de certos homens os torna mestres muito ruins de seus educandos. Se um ser de natureza superior tomasse cuidado da nossa educação, ver-se-ia, então, o que poderíamos nos tornar. Mas, assim como, por um lado, a educação ensina alguma coisa aos homens e, por outro lado, não faz mais que desenvolver nele certas qualidades, não se pode saber até aonde nos levariam as nossas disposições naturais;.Se pelo menos fosse feita uma experiência com ajuda dos grandes e reunindo as forças de muitos, isso solucionaria a questão de se saber até aonde o homem pode chegar por esse caminho. Uma coisa, porém, tão digna de observação para uma mente especulativa quanto triste para o amigo da humanidade é ver que a maior parte dos grandes não cuida senão de si mesma e não toma parte nas interessantes experiências sobre a educação, para fazer avançar algum passo em direção à perfeição da natureza humana. É entusiasmante pensar que a natureza humana será sempre melhor desenvolvida e aprimorada pela educação, e que é possível chegar a dar àqueles forma a qual em verdade convém à humanidade. Isso abre a perspectiva para uma futura felicidade da espécie humana”.

Justificativa: Sim, os dois autores acreditam nesta hipótese da educação, desde que, cuide-se o momento, a forma de como esta educação será aplicada e de quem receberemos a educação.

2.Para os autores a disciplina, a dureza na educação para ter capacidade de suportar o máximo na vida, é vista como um aspecto positivo ou negativo? Explique.

No texto “Educação após Auschwitz” está claro que “o mal de certos costumes folclóricos é que se trata de precursores imediato da violência nacional-socialista. Não é de admirar que os nazistas enaltecessem e cultivassem tais monstruosidades sob a designação de “costume”. Caberia aqui à ciência uma tarefa extremamente atual. Poderia inverter energicamente a tendência da etnologia que os nacional-socialistas entusiasticamente encamparam para controlar a sobrevivência ao mesmo tempo brutal e fantasmagórica dessas diversões populares. Em toda essa esfera, trata-se de um pretenso ideal que também desempenha papel relevante na educação tradicional: o da dureza. Pode ainda, por mais vergonhoso que pareça, relacionar-se a uma declaração de Nietzche, embora na verdade ela quisesse dizer outra coisa. Lembro que o terrível Boger teve um acesso durante uma palestra sobre Auschwitz, que culminou com um elogio à educação para a disciplina através da dureza. Esta seria necessária para formar o tipo de pessoa que lhe parecia certa. A imagem da educação pela dureza, na qual muitos crêem irrefletidamente, é basicamente errada. A concepção de que virilidade signifique o máximo de capacidade para suportar já e transformou há tempos em símbolo de um masoquismo que como demonstra a psicologia – se funde com demasiada facilidade ao sadismo. Em última análise, a elogiada têmpera para a qual se é educado significa pura e simplesmente indiferença à dor. E não se faz tanta distinção assim entre uma e outra. Aquele que é duro contra si mesmo adquire o direito de sê-lo contra os demais e se vinga da dor que não teve a liberdade de demonstrar, que precisou reprimir. Esse mecanismo deve ser conscientizado, da mesma forma como deve ser fomentada uma educação que não mais premie a dor e a capacidade de suportá-la. Já para Kant, por a disciplina ter que impedir o homem de desviar-se da humanidade, através de suas inclinações animais e vista como puramente negativa, porque é o tratamento através do qual se tira do homem as suas selvagerias; a instrução, pelo contrário, é a parte positiva da educação”.
Por outro lado, o homem tem necessidade de cuidados e de formação. “A formação compreende a disciplina e a instrução. A falta de disciplina e de instrução em certos homens os torna mestres muito ruins de seus educandos.
A falta de disciplina é um mal pior que a falta de cultura, pois esta pode ser remediada mais tarde, ao passo de que não se pode abolir o estado selvagem e corrigir um defeito de disciplina. Talvez a educação se torne sempre melhor e cada uma das gerações futuras dê um passo a mais em direção ao aperfeiçoamento da humanidade, uma vez que o grande segredo da perfeição da natureza humana se esconde no próprio problema da educação. A educação é o maior e o mais árduo problema que pode ser proposto aos homens. De fato, os conhecimentos dependem da educação e esta, por sua vez, depende daqueles. Por isso, a educação, não poderia dar um passo à frente a não ser pouco a pouco, e somente pode surgir um conceito da arte de educar na medida em que cada geração transmite suas experiências e seus conhecimentos à geração seguinte, a qual lhes acrescenta algo de seu”.

Avaliação das perguntas elaboradas pelo colega da dupla:

As questões elaboradas pela colega da dupla, foram muito bem elaboradas e pude constatar que uma questão está muito ligada a outra porque educação envolve cuidado, formação, disciplina e a instrução e tudo precisa ser muito bem dosado porque “de fato, os conhecimentos dependem da educação e esta, por sua vez, depende daqueles”.Mas para que se tenha pleno êxito neste objetivo, o de aprimorar e desenvolver a natureza humana é preciso estar cientes de que a educação abrange os cuidados e a formação. “Esta é: 1. negativa, ou seja, disciplina, a qual impede defeitos; 2. positiva isto é instrução e direcionamento e, sob esse aspecto, pertencente à cultura. O direcionamento é a condução na prática daquilo que foi ensinado”. Os autores traçam um paralelo com relação a educação eles evidenciam que é preciso, cuidar o momento, a forma de como esta educação será aplicada e de quem receberemos a educação isto tudo é um conjunto de coisas que precisa ser sempre bem pensadas, refletidas para que Auschwitz não retorne jamais e a nós professores cabe despertar o senso crítico de nossos alunos para que eles não caiam no erro de ter o caráter manipulativo. Precisamos ajudar, instruir nossos alunos a pensar no bem da humanidade não só em si, assim atingiremos o objetivo de aprimorar e desenvolver a natureza humana.


Referências

KANT, Immanuel (1724-1804) Sobre a pedagogia. Tradução de Francisco Cock Fontanella.
3ª Ed. Piracicaba: Editora UNIMEP, 2002.

Reproduzido de ADORNO, T.W. Erziehung nach Auschiwitz, In: -
Stichworte; kritische Modelle 2. Frankfurt, Suhrkamp, 1974. Trad. Por Aldo Onesti.