terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Quem é o mais letrado ou alfabetizado?

(TRINDADE,2005)elucida que todos nós somos mais ou menos alfabetizados(as) mais ou menos letrados (as), dependendo do domínio que temos e dos usos que fazemos das tecnologias de que dispomos e que nos são reclamadas em nossos dias. Betolila e Soares, (2007) evidenciam em “É preciso conjugar alfabetização e letramento?”
Que a criança precisa apropriar-se da tecnologia da escrita, pela alfabetização, e precisa identificar os diferentes usos e funções da escrita vivenciando diferentes práticas de leitura e de escrita, pelo processo de letramento.
“Se lhe é oferecido um dos “passaportes” – se apenas se alfabetiza sem conviver com práticas reais de leitura e escrita – formará um conceito distorcido e parcial do mundo da escrita; se usa apenas o outro “passaporte” – se apenas, ou sobretudo, é levada ao letramento, sem a apropiação adequada da tecnologia da escrita – saberá para que serve a língua escrita, mas não saberá se servir dela. Assim, para a inserção plena da criança no mundo da escrita, é fundamental que alfabetização e letramento sejam processos simultâneos e indissociáveis”.
O aluno já tem em seu universo muitos artefatos que alfabetizam e deixam – no letrado, mas a escola sendo a mais importante agência do letramento precisa levar em consideração o que o aluno traz em sua bagagem de conhecimento porque o aluno já observou determinado artefato, já levantou hipóteses, já experimentou e chegou a alguma conclusão. A escola precisa por em prática os conhecimentos dos alunos, e não ficar presa ao modelo dominante de alfabetização. O professor precisa dar espaço para o mundo letrado, fazer uso das TICs para que o aluno possa “além do domínio da leitura e da escrita possa ter domínio também no uso das novas tecnologias, bem como o exercício de determinadas destrezas e habilidades exigidas para a sua exploração” (TRINDADE,2005).
Acredito que foi isto que aconteceu em minhas práticas eu dei espaço para que o aluno pudesse experimentar as TICs, através de jogos, pesquisa e desenho com o uso do computador. Tudo isto foi muito gratificante tanto para a professora quanto para os alunos.

TRINDADE, Iole Maria Faviero. Um olhar dos Estudos Culturais sobre artefatos e práticas sociais e escolares de alfabetização e alfabetismos. In: MOLL, Jaqueline(org.). Múltiplos alfabetismos: diálogos com a escola pública na formação de professores. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2005. p. 135-146. p. 123-133.
BETOLILA, Alain; SOARES, Magda. É preciso conjugar alfabetização e letramento? In: LETRA Ao jornal do alfabetizador. CEALE, Belo Horizonte, p. 3, v.3, mai/jun, 2007.
KLEIMAN, Angela B. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In: KLEIMAN, Angela. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2006. p. 15-61.

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Eliana:

Trouxeste citações completas e fragmentos importantes ao tema, no entanto ficou bem sucinta tua opinião a respeito, ok?

Grande abraço, Anice.