quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A Importância do uso de Temas Geradores na Prática Pedagógica


Ao estudar os ensinamentos de Paulo Freire, que o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno sobre sua situação de oprimido para agir em favor da própria libertação, me lembrei de um aluno que disse: - Pra que estudar se eu vou ser jogador de futebol ? Minha resposta veio na hora, para ninguém te enrolar, tu precisarás saber fazer cálculos, saber conversar com a namorada e com as outras pessoas.
Então, é essa a proposta de Paulo Freire "habilitar o aluno a "ler o mundo", na expressão famosa do educador, "Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la), dizia.
Segundo Freire, o professor terá que ser afetivo e democrático, para conseguir cativar e despertar o senso crítico de seus alunos, trazer coisas da vida, da realidade, se aprofundar na busca de conhecimentos e não se contentar só com a Eva viu a uva...
Para que isto aconteça, será necessário que o professor tenha a sensibilidade de ao planejar suas aulas, lembre, de fazer questionamentos, o que vocês gostariam de aprender? Surgirão muitas respostas, a professora poderá a partir daí, escolher um tema que venha de encontro com a realidade das crianças e desenvolver junto com a turma um projeto de aprendizagem.
Ao final do projeto a turma fará descobertas enriquecedoras e que contemplem conhecimento, prazer e vontade de querer mais e aliado a isto alunos com mente crítica e evitando assim um aluno com "a mente coisificada".
“Esse tipo, entretanto – se não me iludo com as minhas observações e se determinadas pesquisas sociológicas permitirem generalizações –, está muito mais disseminado do que se poderia acreditar. Aquilo que exemplificava apenas alguns monstros nazistas poderá ser observado hoje em grande número de pessoas, como delinqüentes juvenis, chefes de quadrilha e similares, que povoam o noticiário dos jornais, diariamente. Se eu precisasse converter esse caráter manipulativo numa fórmula – talvez não devesse fazê-lo, mas pode contribuir para um melhor entendimento –, eu o chamaria "tipo com consciente coisificado".(* Reproduzido de ADORNO, T. W. Erziehung nach Auschwitz, In: –.
Stichworte; kritische Modelle 2. Frankfurt, Suhrkamp, 1974. Trad. por Aldo Onesti.

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Eliana:

Trouxeste este ponto muito importante que é fazer com que o aluno "leia o mundo" e saiba que as aprendizagens não são isoladas.

Além disso, não existe "onde que eu vou usar este conhecimento?", porque ele é interligado a outros tantos e o conjunto disto faz com que haja um entendimento de tudo, não é mesmo?

Abraço, Anice.