terça-feira, 9 de novembro de 2010


EMPOWERMENT



Piaget observou que há uma diferença entre o fazer com sucesso e o compreender o que foi feito. Quantos de nós professores já percebemos que determinado aluno fez a tarefa, mas não compreendeu como a tarefa foi realizada e nem está atento aos conceitos envolvidos na tarefa. Às vezes é comum se escutar, “deu um estalo e o aluno conseguiu fazer a tarefa”. Piaget evidencia que a passagem dessa forma prática de conhecimento para o compreender é realizado por intermédio da tomada de consciência, que não constitui um tipo de iluminação (o dar o estalo), mas um nível de conceitualização, .
Segundo, Piaget notou que a compreensão é fruto da qualidade da interação entre a criança e o objeto. Se ela tem a oportunidade de brincar com os objetos, refletir sobre os resultados obtidos e ser desafiada, com situações novas, maior é a chance de ela estar atenta para os conceitos envolvidos e, assim, alcançar o nível de compreensão conceitualizada.

As possibilidades para este trabalho são infinitas para promover a compreensão conceitualizada: escrever, desenhar e ler no computador. Ou seja, se o aluno interagir com o computador ele conseguirá alcançar o nível de compreensão conceitualizada porque ele terá a oportunidade de brincar com os objetos, refletir sobre os resultados obtidos e será desafiado, com situações novas, maior será a chance dele estar atento para os conceitos envolvidos e, assim, alcançar o nível de compreensão conceitualizada e assim ele aprenderá o que ele realizou.
O esforço para criar ambientes de aprendizagem baseados no computador para diferentes populações, como alunos da escola regular (Valente, 1993a), alunos com necessidades especiais (Valente, 1991), crianças carentes (Valente, 1993b), professores (Valente, 1996), trabalhadores da fábrica (Valente, 1997; Valente, Mazzone & Baranauskas, 1997), mostrou que, quando é dada a oportunidade para essas pessoas compreenderem o que fazem, elas experimentam o sentimento do empowerment.
O empowerment, essa maravilhosa sensação que o aluno sente ao perceber que conseguiu realizar e compreender determinada tarefa que antes lhe parecia uma coisa impossível e que agora, ele consegue ver com os seus próprios olhos o que realizou e mostrar para as outras pessoas e a partir daí o aluno sente o desejo de produzir e crescer mais e mais.
E... para quem acha que o computador vai entregar tudo prontinho, “numa bandeja de prata” se enganou! Porque o autor nos deixa claro que para que o computador ajude no processo de conceituação e o desenvolvimento de habilidades importantes para a sobrevivência na sociedade do conhecimento é preciso que ele seja usado como um dispositivo para ser programado. Neste sentido, então, o computador é um complicador. Assim o aprendiz passará por um ciclo o da descrição – execução – reflexão – depuração – descrição. Esse trabalho é complicado.

Baranauskas, M.C.C;, Rocha, H.V., Martins, M.C.; D’abreu, J.V., Uma Taxonomia para ambientes de aprendizado baseados no computador, in O Computador na Sociedade do Conhecimento, coleção Informática para mudanças na educação. MEC. Disponível em http://escola2000.net/eduardo/textos/proinfo/livro02-Jose%20Valente%20et%20alii.pdf

2 comentários:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Eliana:

O empowerment é o grande motivador da aprendizagem! Nada mais gratificante do que perceber que algo agora tem mais significado.

Grande abraço, Anice.

Anice - Tutora PEAD disse...

Eliana:

Estava olhando o número de postagens e é necessário que poste mais, ok? A obrigatoriedade é a escrita semanal e durante o semestre fizeste 8 postagens. É necessário, no mínimo, mais 3, certo?

Grande abraço, Anice.