sábado, 22 de maio de 2010

Disney on ice



Disney on ice
Princesas & Heróis

Que espetáculo! Eu como adulta me peguei... imaginando... que estava patinando suavemente com os patinadores... Oh! Que imaginação!
A todo o momento tinha uma surpresa...
Ah! E o beijo do príncipe? Que emoção!!!
Quem dera se todos pudessem assistir ao espetáculo produzido para atender aos desejos e os sonhos de muitos...
Jerry Bilik (diretor de criação) disse que “a experiência da Disney é satisfazer os desejos” (livro para colecionadores) e satisfazendo aos desejos, segundo Carretero (2001, p.8), implica afirmar que todo ato de desejo é um ato de conhecimento e vice-versa”.
Brad Santer (patinador) disse que “o que ele mais gosta na patinação com o Disney On Ice é a possibilidade de difundir mensagens sobre lutar pelos sonhos e sobre como tudo é possível se nos dedicarmos de coração, os sonhos se realizam de verdade” (livro para colecionadores).
Após termos ido ao Gigantinho assistir Disney On Ice, trabalhei com os alunos alguns contos de fadas por entender que “outra camada profunda que fica latente sob a linguagem simbólica dos contos de fadas tem a ver com os desejos, medos e anseios do ser humano em geral, independentemente de época, classe social, nacionalidade. Daí seu imenso valor psicanalítico, já que por muito tempo eles constituíram a forma mais cômoda e acessível para as crianças e as pessoas mais simples pudessem elaborar simbolicamente suas ansiedades, angústias e seus conflitos íntimos – como demonstrou Bruno Bettelheim em A psicanálise dos contos de Fadas”.
Essas histórias sempre funcionaram como uma válvula de escape para as aflições da alma infantil e permitiram que as crianças pudessem vivenciar seus problemas psicológicos de modo simbólico, saindo mais felizes dessa experiência.
Davam-lhe a certeza de que no final tudo acabava bem e todos iam ser felizes para sempre. Tratam do medo do abandono e da rejeição (como nos dois contos que acabamos de citar ou em O Patinho Feio), da rivalidade entre irmãos (como em Cinderela ou A Bela e a Fera), da vontade de ocupar o lugar do pai ou da mãe.
Refletem os eternos conflitos das crianças com imagens contraditórias que tem dos pais, ora vistos como bons e justos, provedores e protetores (reis, cavaleiros, fadas, gênios), ora temidos como entidades muito mais fortes, poderosas, autoritárias e cruéis (gigantes, lobos, dragões, bruxas, madrastas).
Entendidas e aceitas em sua linguagem simbólica, essas histórias de fadas tradicionais se revelam um precioso acervo de experiências emocionais. No final, o pequenino se dá bem em e o fraco vence. A criança pode ficar tranqüila – com ela há de acontecer o mesmo. Um depois do outro, esses contos vão garantindo que o processo de amadurecimento existe, que é possível ter esperança em dias melhores e confiar no futuro.
Conhecer os contos de fadas, além de tudo, permite também que se possa aproveitar plenamente sua ampla descendência, já que esse gênero foi um dos mais fecundos do imaginário popular
".
Estou também dando espaço para os alunos que queiram contar alguma história em aula para que possam fazê-lo com o uso do microfone e acreditem... tem duas alunas que estão bombando, todos os dias elas querem contar uma história ou mais... inclusive elas estão usando tons diferentes e usam diversos ritmos no decorrer da narração.
Referências:
Encantos Para Sempre de Ana Maria Machado

2 comentários:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Eliana!

Que interessante postagem! Aqui colocas o respaldo teórico (as teorias da psicanálise) para entender o que esta atividade pôde proporcionar aos teus alunos.

Grande abraço, Anice.

Profª Eliana disse...

Obrigada!